quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013



Prag... o que?


31012013173450101833999- mod.jpg As funções comunicativas são unidades abstratas


Acosta et all (2003, p. 33-36) cita que o estudo do funcionamento da linguagem em contexto social, situacional e comunicativo é a pragmática, ou seja, a pragmática “trata do conjunto de regras que explicam ou regulam o uso intencional da linguagem...” e na “linguagem infantil, o estudo da pragmático se encontra, pelo menos em dois aspectos: funções comunicativas e conversação.”

Bishop e Mogford (2002) complementam que pragmática poderia ser definida “...como a correta utilização da Língua em diferentes contextos.” A intencionalidade, o uso da linguagem – pragmática –“ocupa-se das intenções comunicativas do falante e da  utilização que faz da linguagem para realizar essas intenções.” A pragmática, portanto, não se limita apenas avaliar a pragmática é avaliar as funções comunicativas da criança.

Acosta et all (2003, p. 36) afirma que “as funções comunicativas são unidades abstratas e amplas que refletem a intencionalidade comunicativa do falante.” Várias classificações sobre a aquisição de funções comunicativas foram realizadas, porém, a mais conhecida e utilizada é a de Halliday (1975) adotada por Acosta et all (2003) e Zorzi e Hage (2004). Distribui as funções em três fases:

Fase I (10-18 meses): segundo os autores, nesta fase podem ser distinguidas até sete funções distintas:

• Instrumental: quando a criança utiliza a linguagem como meio para que o que ela quer se realize; utiliza a linguagem para satisfazer suas necessidades materiais. Exemplo de quando a criança quer algum objeto;

• Reguladora/regulatória : a linguagem é utilizada como instrumento de controle, para modificar ou regular o comportamento dos outros; a linguagem é dirigida para alguém em particular, como se a criança estivesse pedindo alguma coisa por meio de alguns sons e gestos, exemplo: “vamos passear”;

• Interativa/interacional : a linguagem é usada como meio para relacionar-se, interagir com os demais. Expressões e gestos que são utilizados geralmente representam cumprimentos “oi”, “tchau”;

• Pessoal: uso da linguagem para manifestar individualidade, sentimentos pessoais em relação às pessoas ou ao ambiente. Vocalizações ou gestos que representam prazer, interesse, contrariedade, retraimento, etc.;

• Heurística : esta função é utilizada para investigar, explorar o ambiente, tentando descobrir as coisas, nomes, objetos. Nesta fase a criança começa a usar expressões muito próximas do padrão do adulto;

• Imaginativa: uso da linguagem de forma lúdica; a criança cria um mundo próprio. Para Zorzi e Hage (2004, p. 19) essa função “é identificada quando observamos uma criança, por exemplo, emitindo sequências de sons que parece representar um ‘falar consigo mesma’...”. No início utiliza apenas sons que aos poucos vai se constituindo de pequenos relatos de estórias ou fantasias;

• Ritual: para Acosta et al (2003, p. 37) é a “linguagem das boas maneiras.”

As funções comunicativas são unidades abstratas
 
Fase II (18-24 meses): inicia o desenvolvimento da estrutura gramatical e do diálogo. É um período de transição em que se observam três funções principais:

• Pragmática: “linguagem como ação” – vem das funções instrumental e reguladora; a linguagem serve para participar, interferir nas situações, facilita o desenvolvimento da sintaxe;

• Matética: “linguagem como aprendizagem – vem das funções pessoal e heurística. Para Zorzi e Hage (2004, p. 20) “serve para codificar a experiência da criança como observadora dos objetos, pessoas e ações que vê no mundo, contribuindo no aprendizado dela em relação ao seu ambiente. Facilita o desenvolvimento do vocabulário...”;

• Informativa: a criança faz uso da linguagem para transmitir uma informação; se expressa por meio de frases.

Fase III (a partir dos 24 meses): a fala da criança passa a ser plurifuncional (uma frase pode ter mais de uma função), uso do sistema de fala do adulto. Nesta fase observam-se duas funções básicas, podendo se manifestar uma terceira função.

• Ideacional: vem da função matética da fase anterior, a linguagem é usada como meio para falar sobre o mundo real;

• Interpessoal: a linguagem é utilizada como meio para participar da situação de fala, vem da função pragmática;

• Textual: para Acosta et al (2003, p. 38), nesta fase “os significados são codificados em palavras e frases...”.

Neste estágio, é observado o início do desenvolvimento da estrutura gramatical e do diálogo.

Três aspectos estão estreitamente relacionados:

• Organização formal das conversações: respeito aos turnos comunicativos, a criança deve aprender o papel de emissor e ouvinte;

• Desenvolvimento da capacidade para manter o significado: manutenção do tema da conversa;

• Capacidade da criança para adaptar-se aos participantes, papéis e situações: os interlocutores devem adaptar-se tanto ao ponto de vista de quem está falando como às exigências da situação.

Para funcionar como comunicadora, a criança deve dominar os recursos dêiticos . 
 
 
Fonte: PE.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Minha voz muda quando menstruo!


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A voz se desenvolve sob a influência das variações de estrógeno, progesterona e testosterona. Os mais profundos efeitos hormonais são fisiológicos e ocorrem durante a puberdade, período no qual ocorrem alterações nas dimensões laríngeas, que provocam o abaixamento da freqüência fundamental (f0) da voz masculina em aproximadamente uma oitava e da feminina em algumas notas, estas pela ação do estrógeno associado à progesterona.
O andrógeno, secretado pelo córtex adrenal e também pela teca interna dos ovários, na mulher, quando em altas doses desenvolve características masculinas na voz feminina.
Certas inter-relações hormonais são a chave que auxilia a compreensão dos rudimentos do ciclo menstrual, sendo o foco da natureza cíclica destes eventos o nível de estrógeno circulante (Ling, 1986).
Durante o ciclo menstrual, em média de 28 dias, há uma variação nos níveis de hormônios que resultam nas suas fases. Antes da ovulação existe um aumento pequeno, porém significativo, da produção basal de progesterona, o que facilita a função de retroalimentação positiva de estrógenos e aumenta a amplitude do pico de hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo estimulante (FSH) induzidos pelo estrógeno (o pico máximo ocorre no meio do ciclo). Antes da ovulação, o LH inicia a secreção de progesterona, que se mantém durante a fase lútea. O corpo lúteo tem uma duração de 14 dias e se a gravidez não ocorre, ele involui, diminuindo o nível de progesterona e iniciando a menstruação (Hung, 1993). O declínio dos níveis de estrógeno e progesterona pré-menstruação altera a estrutura das pregas vocais (Perelló, 1973).
Durante o período pré-menstrual é comum a ocorrência de alteração da voz e são poucas as mulheres que a percebem. Essa alteração quando percebida geralmente aparece quatro a cinco dias antes do fluxo menstrual e, sobrevindo a menstruação, há um alívio dos sintomas, num período compreendido entre 24 a 48 horas após seu início, devolvendo à mulher o domínio sobre sua voz (Quinteiro, 1989).
Segundo Perelló (1973), há relatos de casos de afonia recidivante em cada ciclo, de artistas que ficavam roucas durante o período menstrual e recuperavam a voz ao final da menstruação; o autor descreve o caso de uma cantora portadora de nódulos vocais, sendo que durante a menstruação, os nódulos aumentavam de tamanho, impossibilitando o canto, e relata que 36% de 1500 trabalhadoras de uma indústria apresentavam afonia alguns dias antes da menstruação. Os sintomas apresentavam-se com mais freqüência entre 25 e 35 anos de idade e poucas vezes as mulheres procuravam ajuda, pois sabiam por experiência que se "curavam" com a vinda da menstruação. Refere ainda que é possível encontrar disfonia pré-menstrual em mulheres que procuram consulta por disfonia de outra origem, especialmente por nódulos vocais. Elas relatam que alguns dias antes da menstruação estão mais disfônicas.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO

Você Concorda?
 

Processos fonológicos



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Existem várias propostas terapêuticas baseadas nos processos fonológicos
Mota (2005) a escolha dos sons alvos é um dos fatores mais importantes para o sucesso da terapia baseada nos processos fonológicos. Deve-se considerar os aspectos cognitivos, emocionais e linguísticos para nortear esta seleção. Em relação aos aspectos linguísticos deve-se observar as possibilidades de generalização que proporcionem maior eficácia do tratamento. Mas, como iniciar a terapia? Que processo, som escolher?


Mota cita Edwards, que sugeriu alguns critérios que podem auxiliar o terapeuta nesta escolha:

• “Escolher processos que sejam facilmente tratados.” São os processos que aparecem com menos frequência, aparecem em contextos específicos da palavra, processos com fonemas que a criança possui em seu inventário fonético ou que são fáceis de estimular;

• “Abordar processos que são cruciais para a criança”, ou seja, os que vão melhorar a inteligibilidade da fala;

• “Escolher processos que afetam fonemas ou classes de fonemas que surgem mais cedo no processo de aquisição fonológica normal.” (EDWARDS, 1983 apud MOTA, 2005, p. 794)

Em relação aos sons-alvo, Edwards sugere que se utilize os seguintes critérios para a escolha:

• Sons-alvo que façam parte do inventário fonético da criança;

• Sons que melhorem a inteligibilidade da fala;

• Sons para os quais a criança é mais estimulável;

• Sons que ocorrem com mais freqüência;

• Os sons que a criança adquire mais cedo;

• Os sons que são importantes para a criança (do próprio nome ou aquele som que deixa a criança constrangida quando ela pronuncia errado);

• Sons que sejam mais fáceis de produzir. (EDWARDS, 1983 apud MOTA, 2005).

Propostas terapêuticas

Existem várias propostas terapêuticas baseadas nos processos fonológicos: o modelo de ciclos, modelo de pares mínimos, modelo de oposições máximas, modelos baseados na hierarquia implicacional de traços distintivos, modelo baseado na consciência fonológica – METAPHON (MOTA, 2001).

A escolha do melhor método, ou o mais eficaz, é difícil, pois apesar de que cada modelo tenha suas especificidades e características próprias, todos têm uma base comum e o mesmo objetivo geral que é de ”promover a maior generalização possível em um menor espaço de tempo” (MOTA, 2001, p. 100).

Modelo de ciclos

Proposta por Hodson e Paden em 1983, sendo modificada em 1987 por Tyler, Edwards e Saxman. Esse modelo foi aplicado no Brasil por Mota (1990), Ramos (1991) e Blanco (2003). Seus estudos têm como base teórica a Fonologia Natural de Stampe. Esta proposta terapêutica “faz uso da estimulação e produção como os dois procedimentos básicos de terapia” (MOTA, 2005, p. 795).

Os processos fonológicos são as bases de análise e do trabalho terapêutico. O que difere de outros modelos terapêuticos é que não se trabalha com cada som errado, e sim, se aproveita a habilidade que a criança tem de fazer generalizações, trabalhando-se apenas um número suficiente de fonemas dentro de um padrão, a fim de estimular esse padrão.

A estimulação é realizada principalmente pela audição, por meio do bombardeio auditivo. Algumas crianças necessitam de mais estimulação além da auditiva, para desenvolver a consciência do som-alvo; nestes casos podem ser usadas pistas táteis (“sentir” o som por intermédio da sensação do tato e de gestos) e visuais (ver o movimento que os articuladores fazem para executar o som). À medida que o som vai ficando mais fácil para a criança, as pistas vão sendo retiradas.

Bombardeio auditivo: técnica em que o paciente é exposto no início e ao fim de cada sessão a uma lista de palavras ou frases contendo os sons-alvo trabalhados.

É importante que a criança esteja com fones de ouvido (estes eliminariam outros ruídos do ambiente que pudessem distrair a criança) para que o som seja amplificado, aumentando a concentração da criança no padrão de som desejado. Durante a sessão, o fonoaudiólogo deve enfatizar os sons-alvo e as palavras estímulo, aumentando a intensidade da fala nesses

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO

Família e terapia


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É importante salientar o papel da família no processo terapêutico
Conhecer a criança, compreender o tipo de alteração que ela apresenta, quais os aspectos do desenvolvimento estão mais ou menos alterados, que nível evolutivo ela se encontra; para Zorzi (1999), são dados importantes que o terapeuta deve saber para poder elaborar seu plano terapêutico, além de estar em sintonia com a criança, e com isso desenvolver nela habilidades interativas – “o terapeuta deve ser sensível aos interesses e capacidades dela, e ser capaz de acompanhar detalhes de seu desenvolvimento”.

Papel da família no processo terapêutico


Antes de entrarmos na terapia, propriamente dita, é importante salientar o papel da família no processo terapêutico. Zorzi (1999) aponta um questionamento importante sobre o trabalho de orientação familiar. Para você, qual a concepção de orientação familiar que você adota:


• A orientação familiar é um momento em que você “passa” as regras, normas ou condutas que os pais devem seguir em relação a seu filho;


• O momento da orientação familiar também é um momento de “escuta”, em que o terapeuta assume o papel de ouvir o que a família tem para dizer sobre seu filho, aproveita o momento para trabalhar as ansiedades sobre o desenvolvimento da terapia, de como seu filho “vai ficar”, quando ele vai “ficar bom” e também orienta como a família poderá contribuir no processo terapêutico, pensando nessa situação como um momento de “troca”, de reflexão e questionamentos, tanto da família como do terapeuta.


Para Zorzi (1999, p. 97), os encontros com os pais “pode tornar-se um momento de troca, de reflexão e de questionamentos.” Eu diria que os encontros devem ser momento de troca, reflexão e questionamento. O objetivo é a busca de compreensão, tanto por parte do fonoaudiólogo como da família.


Entendendo melhor certas características da dinâmica familiar, o fonoaudiólogo pode ajudar a família a compreender o que está acontecendo com seu filho, e, com isso, as orientações mais específicas (escolaridade, comportamento e estimulação) vão ter um significado diferente para a família, consequentemente, o resultado será mais positivo. Sabendo como a família lida com seu filho, entendendo a relação pais/filho, o fonoaudiólogo não corre o risco de orientar os pais num modelo padrão, ou seja, uma lista com o que ele deve e não deve fazer para ajudar seu filho.


Lembre-se: o fonoaudiólogo não vai dar uma luz para que a criança, a partir daquele momento, siga esta luz e com isto seu desenvolvimento acontecerá normalmente. O fonoaudiólogo mostra um caminho – temos que trabalhar juntos: terapeuta-família-criança, como engrenagens, que só funcionam se estiverem bem alinhadas.
Como tratar as alterações de linguagem?

Esta é uma pergunta que muitos fonoaudiólogos fazem, porém, não se tem uma fórmula, receita padrão, pois cada criança é diferente, como diz Zorzi (1999, p. 75) “[...] falamos em retardos de aquisição da linguagem, o que implica configurações diversificadas, com problemas variando em termos de profundidade e graus de extensão.” Ou seja, cada caso é um caso, o processo terapêutico deve ser adequado ao perfil de desenvolvimento, a idade e as alterações que cada criança apresenta.

Befi-Lopes (2004, p. 994) reforça esta afirmação quando salienta que “dificilmente duas crianças com desordens de linguagem são exatamente iguais nas habilidades e inabilidades de linguagem que manifestam. [...] cada plano de intervenção deve ser desenvolvido individualmente para cada criança.”

Ao planejar o processo terapêutico deve-se considerar:

• a idade da criança: pode-se dividir os pacientes com alterações de linguagem em dois grupos – as que se encontram no período pré-linguístico e as que se encontram no período linguístico;

• comportamento da criança: crianças com alterações de linguagem podem se apresentar isoladas do convívio social, apáticas, agressivas, hiperativas;

• deficit linguístico apresentado: deve-se observar quais os aspectos da linguagem estão mais envolvidos – pragmático, fonológico, semântico ou morfossintático;

• progressos alcançados com a terapia: durante todo o processo terapêutico o planejamento deve ser revisto e adaptado se necessário.


É importante salientar o papel da família no processo terapêutico
Befi-Lopes (2004) cita que, de acordo com várias pesquisas realizadas, as estratégias utilizadas com crianças que apresentam alterações de linguagem deveriam ser baseadas nos processos naturais de aquisição e desenvolvimento de linguagem, ou seja, o que é adequado para crianças em processo normal de desenvolvimento, também é eficaz para crianças com problemas de linguagem, porém, algumas crianças, para se beneficiarem melhor do processo terapêutico, necessitam de técnicas de intervenção diferentes do que ocorre no processo normal de desenvolvimento.

Para adquirir a linguagem, a criança precisa descobrir que as unidades linguísticas, os conceitos e contextos têm regras e são regulares, e que “os comportamentos dos outros podem ser regulados e os desejos podem ser satisfeitos por meio do uso apropriado da linguagem” (BEFI-LOPES, 2004, p. 995), que a criança “[...] além de aprender sobre forma e conteúdo de linguagem, precisa tirar conclusões sobre a linguagem. [...] necessita, entre outros aspectos, saber que, por meio da linguagem, ela pode influenciar o que a outra pessoa faz; conseguir o que quer e rejeitar o que não quer; chamar a atenção sobre o que considera interessante ou importante; manifestar suas necessidades, desejos e ideias; estabelecer e manter relações interpessoais” (COLE E DALE, 1986 apud BEFI-LOPES, 2004, p. 995), ou seja, a criança precisa sentir a necessidade da linguagem.


Pode-se dizer então, que um dos princípios da intervenção é o de possibilitar a criança descobrir isto, por meio de estratégias e recursos apropriados visando:


• reduzir e simplificar a complexidade das situações usuais de aprendizagem de linguagem;


• realizar atividades que propiciem repetições de situações sistematicamente controladas, com eventos variados – facilita o processo de descoberta;


• realizar atividades que incluam intenções comunicativas, funções regulatórias, solicitações de ações.


Estes objetivos podem ser alcançados por meio de brincadeiras simbólicas, atividades de modelagem, atividades de imitação. As técnicas de modelagem e imitação têm obtido respostas positivas como proposta terapêutica, principalmente a imitação

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO

Diapasão?! Ainda se usa?


Diapasão?!

Será que nos dias de hoje de audiometros e de aparelhos de otoemissões poderosos, vale apena usar o diapasão?

Diapasão: instrumento de aço, magnésio ou alumínio em forma de Y que emite um tom puro quando percutido, trata-se de um método básico, rápido e de baixo custo, porém permite apenas a avaliação subjetiva da audição. Devem fazer parte, sistematicamente, do exame físico otorrinolaringológico do paciente com queixa auditiva ou vestibular, independentemente de outros exames.


Os diapasões mais utilizados são os de frequências de 512 e 1024 Hz, por serem frequências médias do espectro humano e sofrerem menor interferência do som do ambiente, os de frequência grave, como os de 256 Hz podem gerar sensação vibratória que pode ser confundida com sensação de som.


Oferecem uma avaliação qualitativa da audição, discriminando perdas condutivas e neurossensoriais com certa segurança, enquanto que a discriminação da perda mista já é mais difícil. A avaliação quantitativa é grosseira.


As aplicações dos testes de diapasão são: comparar a audição entre via óssea e aérea, determinar qual orelha apresenta melhor audição, determinar se a perda auditiva é neurossensorial ou condutiva, comparar a audição do examinador (considerada normal) com a audição do paciente, suspeitar de otosclerose. Existem vários tipos de testes de diapasão, no entanto, os mais utilizados são o WEBER e o RINNE.


Teste de Weber

O diapasão é colocado na linha média da fronte, da calota craniana ou junto aos dentes incisivos.

Se o som for ouvido igualmente em ambos ouvidos a audição é normal ou a perda auditiva é similar bilateralmente e, nesse caso, diz-se que o WEBER é indiferente.

Se o som se lateralizar para o ouvido de melhor audição a perda é neurossensorial no lado afetado; se o som se lateralizar para o ouvido mais comprometido, a perda é condutiva neste último.


Teste de Rinne

O diapasão é colocado sobre a mastoide até que o paciente refira que não está mais escutando o som, momento este em que o diapasão é colocado junto ao CAE cerca de 2 cm do mesmo, com os arcos no sentido perpendicular ao ouvido (para se evitar a zona muda).

O Rinne é positivo quando o som é escutado por via aérea após não ser mais escutado por via óssea. Isto ocorre na audição normal e nas perdas neurossensoriais.

O Rinne é negativo quando o som não é escutado por via aérea, após não ser mais escutado por via óssea. Isto ocorre nas perdas condutivas onde a audição por via óssea é mais prolongada, e o sistema amplificador da condução tímpano-ossicular está alterado. Esta diferença será percebida quando houver um gap aéreo-ósseo de 20 dB ou mais.

 Teste de Schwabach

O diapasão é colocado alternadamente na mastoide do paciente e do examinador, a audição deste é considerada normal. Se o paciente ouvir por mais tempo que o examinador, sugere perda auditiva condutiva e diz-se que o teste está prolongado. Se o paciente ouvir por menos tempo, sugere perda neurossensorial e diz-se que o teste está encurtado. E se o paciente ouvir por tempo igual, sugere audição normal.


Teste de Friedreich

Este teste permite confirmar se o paciente tem uma perda predominantemente sensorial ou condutiva. O diapasão é colocado (por sua base) inicialmente na mastoide e em seguida sobre o trago, comprimindo-o sobre a abertura do meato acústico externo do modo a fazer deste um tubo fechado. Isto fará com que o som seja amplificado pela camada aérea da orelha externa. Em pacientes sem deficiência auditiva ou perdas neurosensorial, o diapasão será melhor escutado quando for colocado na última posição e, quando a perda for condutiva, será melhor audível na mastoide. Em perdas mistas a tendência dos pacientes será escutar de modo semelhante em ambas às situações.


Teste de Bing

Coloca-se o diapasão na mastoide do paciente e pressiona-se o trago, obliterando o conduto auditivo externo. Se o paciente tiver perda neurosensorial ou audição normal, sua audição deve piorar com o conduto auditivo externo obliterado. Se o paciente tiver perda condutiva, a obliteração não vai influir na audição. Podemos realizar o Bing audiométrico colocando o vibrador na mastoide, pressionando o trago a fim de ocluir o conduto auditivo externo, podendo ser realizado em uma ou mais frequências.


Teste de Gellé

Colocar o diapasão na mastoide do paciente e promover aumento da pressão no conduto auditivo externo e, portanto, também na membrana timpânica. Esse aumento de pressão é feito através de uma pera de borracha que oclui o CAE. Nas perdas condutivas não há alteração na audição com essa manobra. Nas perdas neurossensoriais ou em indivíduo sem queixa, a audição piora com o aumento de pressão no conduto auditivo externo.


Teste de Bonnier

No paciente com otosclerose e fixação de cadeia, o som emitido pelo diapasão pode ser escutado quando ele é colocado no cotovelo, pateta, punho, maléolo lateral do tornozelo ou esterno.

 Fonte: Portal da educação


Se você estiver sem audiometro, ou o mesmo se danificar? Ou se você poder se certificar que os resultaos dos exames realizados se confirmam? O diapasão pode ser um bom recurso a ser ultilizado.

O que você acha?
Vale apena confiar?



sábado, 25 de agosto de 2012



Você trabalharia no interior?

Você tem idéia do quanto de possibilidades se pode ter e do quanto de pessoas precisam de profissionais de boa vontade para atuar nos interiores do país?

Se fonoaudiologia, nas cidades urbanizadas, para muitos ainda é luxo, imagine no interior do estado!
Quem é fonoaudiólogo sabe o quanto pode ser bom reabilitar alguem que há muito não fala por um problema neurológico, ou um disfluente que melhora sua fala e se sente mais otimista para o futuro, entre outros e outros causos...
Nos interiores da vida há tantos casos que uma pequena intervensão poderia evitar grandes problemas que transformam o dia-adia de muitos em um grane dilema....

Você que teve a oportunidade de obter conhecimento, estudo, e tem o poder de mudar a vida de alguem, Por que não fazer?

Pense nisso FONOAUDIÓLOGO!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Orelinha?




LEI No 12.303, DE 2 DE AGOSTO DE 2010

Dispõe sobre a obrigatoriedade de realização
do exame denominado Emissões Otoacústicas
Evocadas.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte Lei:
Art. 1o É obrigatória a realização gratuita do exame denominado
Emissões Otoacústicas Evocadas, em todos os hospitais e
maternidades, nas crianças nascidas em suas dependências.
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 2 de agosto de 2010; 189o da Independência e 122o
da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
José Gomes Temporão
(Fonte: Diario Oficial da União nº 147, de 03/08/2010)

Brigamos Lutamos, mas e agora?...
Estamos fazendo uso da Lei?....
NAs cidades é verdade observamos a Lei de uma certa forma ser cumprida sim!
Mas e as famílias nos interiores dos estados?...
Quantas estão tendo seus novos membros familiares que guardam surpresa de uma possível surdez....
Quantos profissionais ainda relutam para atuar nos interiores da vida?...


links
 www.cuidardebebe.com
www.testedaorelhinha.net